Por Sandro Peixoto
Tenho um amigo que trocou de médico particular porque o
mesmo teimava em deixá-lo esperando. Deve ser realmente um transtorno pagar
caro por uma consulta, chegar antes do horário e ficar mofando numa cadeira
enquanto seu contratado está atendendo outros pacientes. Aliás, o termo
paciente vem mesmo ao caso quando se trata de atendimento no Brasil. E serve
para médicos, advogados, juízes, mecânicos, pintores, pedreiros, cabeleireiros,
técnicos em computação, instaladores de antenas, de linhas telefônicas, de TV a
cabo, etc. Quase ninguém chega na hora combinada.
Na música Sei Lá, de Toquinho e Vinicius ainda na primeira
estrofe a dupla lembra que “a gente mal nasce, começa a morrer.” E fato a gente
não nasce, começa a morrer e portanto, o que chamamos de vida, de historia de
vida é exatamente o que você faz com o
tempo que você recebeu entre a primeira
e a ultima respiração. O tempo na verdade, é o bem mais precioso de nossas
vidas. Ninguém, nem mesmo seu médico tem o direito de roubar se tempo. Você no
entanto, o gasta como bem entender. Tem gente que desperdiça o mesmo deitado num sofá cheio de
ácaros assistindo o Programa do Faustão.
Preciosa também é nossa liberdade. E ela vale tanto, mas
tanto que quando saímos da legalidade o Estado te tranca numa cela imunda. Toma-te
a liberdade. O único bem que pode ser trocado por um crime. Em alguns países,
quando o dolo é grande demais, como latrocínio (roubo seguido de morte) a pena
é de morte, ou seja, o único preço maior que a liberdade que alguém pode pagar.
Portanto vamos procurar dar mais valor ao
nosso tempo e nossa liberdade.
Vencer na vida não é ter o melhor carro, a mulher mais peituda, casa de luxo ou
celular da moda. Não se mede o valor de uma vida por coisas materiais. Procure
se conhecer melhor e aproveite seu tempo e sua liberdade.
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