PESQUISA: Prefeito de Búzios

Por Sandro Peixoto

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Situações hipotéticas, nem tão hipotéticas assim




Por Sandro Peixoto

A saúde pública é uma vergonha bradou um homem com um copo de cachaça numa mão e um cigarro aceso na outra. Esse juiz é um ladrão gritou um torcedor vestido com uma camiseta falsa do seu time minutos depois  de pular a roleta do estádio. A cidade está um lixo, reclamou uma senhora no momento em que depositava um saco de detritos na calçada logo  após o caminhão da coleta ter passado. As escolas da cidade não ensinam nada, criticou uma mãe revoltada que jamais olhou os cadernos da filha. As drogas ainda vão acabar com a juventude profetizou o pai que ainda nos anos 80 fumava maconha com a esposa na frente das crianças.

As vezes tenho a ligeira impressão que a maioria das pessoas, ao menos as que conheço, vivem num mundo paralelo à própria realidade. Ou se sentem como simples espectadores no teatro da própria vida. Atuam, mas agem como se estivessem apenas assistindo a banda passar. O hospital está lotado porque as pessoas comem, bebem e fumam demais. O juiz é ladrão visto que o torcedor aceita ganhar roubando e quando o juiz ladrão erra ( ou rouba) para o time dele, tudo bem. A cidade está sempre suja porque por mais que se limpe, sempre tem alguém jogando lixo nas ruas e nas esquinas. A educação é ruim porque as famílias largaram as crianças para o Estado. Primeiro para a escola, depois para a polícia.


O consumo de drogas está cada vez maior por motivos diversos e um desses é que a geração hippie se acostumou a puxar um  fuminho dentro de casa a qualquer hora e na frente das crianças. Sempre foi coisa normal para pais liberais. Hoje é assim: o pai bebe whisky, a mãe toma prozac e os filhos fumam maconha ou cheiram cocaína. Na sociedade moderna, cada um com sua droga e o Estado com a conta. Só que o Estado não dá mais conta. A soma ficou pesada demais. Como a Constituição resolveu dar tudo de graça para os pobres na terra brasilis, eles usam e abusam. Qualquer serviço de graça é ruim. Ruim para quem dá( pois nunca é suficiente) e ruim para quem recebe, pois ao não ter em mente o valor da coisa, a pessoa em geral abusa.

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