PESQUISA: Prefeito de Búzios

Por Sandro Peixoto

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A morte dos caciques políticos de Búzios


De mãos dadas Mirinho e Toninho caminham para o passado sem saberem que o tempo não volta e não para 


Por Sandro Peixoto

É típico da democracia política - que tem na alternância de poder sua maior virtude - a ascensão e queda de seus líderes políticos.  Armação dos Búzios, jovem município que entra agora apenas na sua sexta eleição para prefeito, assiste pela primeira vez a derrocada de seus dois principais chefes políticos. Nesta eleição, Tanto Toninho Branco quanto Mirinho Braga, os dois maiores líderes da cidade terão que se contentar em usar o cacife para eleger terceiros. Mirinho é candidato à prefeito, mas sabe que tem poucas chances. Seu esforço será no sentido de eleger seu filho Raphael Braga para o cargo de vereador. Já Toninho vai testar sua força pedindo votos para sua esposa Shirley, mesmo sabendo que a derrota é iminente.



Como pai ouso afirmar que se eu fosse político, se conhecesse o mundo da política, a nojeira que aquele antro é, jamais colocaria meu filho nela. Se ele desejasse entrar tudo bem, não ousaria impedir mas de antemão informaria que de mim não esperasse apoio, sequer o voto. E não venham me dizer que  é para o bem da cidade. As famílias que se aboletaram no poder político, o fizeram apenas para o bem próprio. Exemplos não faltam. Toninho  Branco deseja se perpetuar no poder elegendo sua esposa. Quem já provou sabe que o poder é inebriante. Principalmente aos olhos dos mais fracos. O desejo de se manter, de viver nababescamente com dinheiro público é realmente atraente, principalmente para os mais fracos, como já disse antes.




Qualquer eleitor que esteja legal perante a lei pode se candidatar, diz a lei. Nada contra o desejo de alguns em querer virar representante do povo. O que enoja é o desejo do poder pelo poder. Não se vê  pretensos candidatos tentando se aprimorar, estudando as leis, o sistema administrativo. Assistimos apenas a mesma pantomima, a cantilena de sempre, os discursos vazios.Gente querendo se eleger porque é filho de não sei quem, porque é simpático ou porque acha que ser prefeito ou vereador é uma  aventura.

Essa eleição mostra ainda  o isolamento político do vereador Gugu de Nair, que desde o primeiro momento (junto ao vereador Felipe Lopes) se declarou oposição ao prefeito André . Hoje é candidato a reeleição mas está mais sozinho que nunca. Nem o apoio de Felipe tem mais. Aliás, se dependesse de Felipe Gugu estaria fora da parada.

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