PESQUISA: Prefeito de Búzios

Por Sandro Peixoto

quinta-feira, 31 de março de 2016

A mesma praça, o mesmo banco



Por Sandro Peixoto

A Praça Santos Dumont, no centro de Búzios deve ser a praça mais feia do Brasil. Em cidades pequenas como a nossa, a praça principal é sempre bem cuidada,por mais simples que seja. No distrito de Barra Grande, na cidade de Maraú (BA) existe uma praça de terra batida. Fica bem no centro comercial e está cercada de lojas e bares como a Santos Dumont. É simples e bem cuidada. Dá de dez a zero na nossa. Tem bancos  intactos, canteiros  com flores e está  sempre limpa. Sei que já escrevi sobre o assunto é verdade, mas tenho que voltar a baila pelo simples fato que moro e trabalho na praça ou seja, ela faz parte de minha rotina.


E não é porque apoio como eleitor o atual prefeito que vou deixar de ver o que está errado e contestar o que acho pertinente. A verdade é que a Praça Santos Dumont é uma vergonha. O ex-secretário de Cultura (e hoje assessor especial do prefeito) Mário Paz  me fez outro dia a seguinte constatação: A praça que deveria ser nosso cartão postal, virou uma cloaca. Ponto para o Mário que como homem forte da Cultura pouco fez para melhorar o ambiente. Mandou plantar umas mudinhas ( que já morreram) e trocou as lonas das barracas dos camelos, oops, quer dizer, dos artesãos.  Tentaram maquiar o problema e no fim, tudo continua igual.


À 100 metros da Praça Santos Dumont existe há anos um posto da Policia Militar. O que em nada impede o tráfico de drogas no local diuturnamente. Todos os dias, desde o nascer do sol até o ultimo viciado ir embora, mais de dez traficantes fazem ponto no local. Tudo as claras. Chega a ser ofensivo. Ao que parece ninguém liga. Muito menos as autoridades. A Praça atrai bêbados e viciados por uma simples questão. É suja, escura e abandonada, ou seja, o lugar ideal para bêbados, vagabundos, viciados e traficantes. Eles se sentem em casa.


Caetano Veloso na canção Um Frevo Novo cantou que a Praça Castro Alves é do povo, como o Céu é do avião. Em Búzios a Praça é dos aviões, dos pequenos traficantes.



terça-feira, 29 de março de 2016

Contagem regressiva




Por Sandro Peixoto


Ao que parece, a corrida eleitoral deste ano já começou e pelo jeito, teremos recorde de candidatos à prefeito. Além da pretensão óbvia do prefeito Dr. André de buscar sua reeleição, também se já apresentaram ao eleitorado os pré-candidatos  Alexandre Martins, Cláudia Carrilho, Felipe Lopes, Nani Mancini, Leandro, Genilson Drummond, Shirley Coutinho, Henrique Gomes e Ramison Lopes. Mirinho diz que é pré- candidato, mas é de mentirinha pois está inelegível. A pré-candidatura de Cláudio Agualusa é apenas um sonho de uma noite de verão. Pelo visto tá todo mundo pensando o mesmo: Se o Dr. André que jamais havia vencido um pleito virou prefeito, eu também posso.
O que muita gente não percebe é que André reúne características que quase nenhum deles possui. Claro que todos têm virtudes e isso não deve ser esquecido, mas poucos políticos em Búzios passam a sensação de líder inconteste a sociedade como nosso prefeito. Verdade que as vezes o estilo histriônico  do prefeito é confundido com arrogância. Nada mais simplista. André é decidido, exigente e determinado e sinceramente, nada aborrece mais uma pessoa determinada que um servidor preguiçoso ou incompetente.  Mesmo porque o povo sempre colocará a culpa no prefeito. Se o vagabundo do médico assinar o ponto  largar o plantão no hospital (acontece com frequencia ), a culpa pela falta de atendimento será sempre do prefeito. Por isso o mandatário não pode ser um banana  como já aconteceu antes.


Chefe tem que mandar, delegar. Líder tem que liderar, guiar e conduzir. Ser prefeito de Búzios não é para qualquer um. Toninho Branco achava que era uma brincadeira, que podia usar o cargo para parecer mais charmoso, pegar mais mulheres, se divertir. O mesmo povo que havia lhe dado a chance de fazer historia lhe mandou para casa negando-lhe a reeleição. Politicamente Toninho morreu pois não percebeu  a responsabilidade de ser prefeito daquela Búzios- sétimo destino turístico internacional do Brasil. Mirinho Braga foi outro que ficou perdido entre a Búzios de sua infância, a simpática aldeia de pescadores onde podia caminhar de pés descalços (e geralmente cheio de bichos de pé) e a nova Búzios, aonde os nativos já são minorias.


Depois de 8 anos calçando ruas com paralelepípedos (coisa da Grécia antiga) construído escolas de baixa qualidade em áreas com risco de alagamentos e empregando amigos incompetentes e contratando empresas idem, Mirinho voltou ao poder no vácuo do desgoverno  do Toninho.No desespero, buscando trocar o comandante, apenas um nome veio a mente do eleitorado: Mirinho Braga, até então o único prefeito (noves fora Toninho) que a cidade conhecia. Frustrada com o novo amante, a população foi buscar  o velho amor. Deu errado,  pois ambos haviam mudado: Mirinho e a cidade.


A pessoa não pode sonhar em ser prefeito de Búzios por achar que o cargo lhe renderá fama e benefícios. Assumir a prefeitura de Búzios, principalmente num momento de crise pela qual passamos é antes de tudo um estorvo.  É um posto de grande responsabilidade. Afinal não é fácil cuidar da saúde de 30 mil pessoas, oferecer educação de qualidade para 18 mil jovens e crianças, fazer obras, etc. Nosso Prefeito André chega ao trabalho antes das sete da manhã  e só sai depois, muito depois que o sol se pôs. E  trabalha todos os dias. Nem tem tempo de ficar doente . Algumas pessoas por se sentirem populares, por terem a simpatia de parte da sociedade acreditam que detém a capacidade de virar político, legislador, administrador público. Simpatia ajuda a ganhar eleição, mas não ajuda em nada  na administração.



Toninho  branco é a mais perfeita tradução dessa máxima. Um conselho para os que sonham em assumir um dia a cadeira de prefeito. Se preparem!
O jogo de todos os erros


Por Sandro Peixoto






A democracia parte de um propósito equilibrado. E esse equilíbrio se baseia num escopo claro que une compatibilidade e conformidade de maneira simples. Num sistema democrático, aos cidadãos cabe fazer tudo o que não lhes proíbe a lei. Essa é legalidade compatibilidade. Já o Estado tem que rezar pela cartilha da legalidade conformidade, ou seja, a ele cabe fazer apenas o que  lhe permite a lei. No final, temos a máxima democrática que dar liberdade aos cidadãos e restrição ao Estado. Pode não ser um sistema perfeito, mas é o que mais se aproxima da perfeição.

Na República democrática brasileira, o Estado ainda insiste em extrapolar suas restrições legais. Basta ver os escândalos de corrupção que assombram o país. Aqui a corrupção é endêmica porque nossos administradores tratam a coisa pública com desleixo e ao mesmo tempo, os cidadãos teimam em ir além dos limites previstos em lei. E nessa balbúrdia, um fica apontando o dedo para o outro como se trocando acusações, chegássemos à algum lugar. Para a maioria dos brasileiros, a culpa de todas nossas mazelas é dos homens públicos. A saber: vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores, presidentes, ministros , etc. Se acaso perguntássemos aos políticos  de quem é a culpa, eles jamais se acusariam e por essa lógica a culpa caberia ao povo. Os dois grupos têm alguma razão. Mas ao colocar a culpa nos políticos o povo sem querer aponta para si mesmo afinal, nossos administradores saem do  povo.

Pela legalidade conformidade, os prefeitos só podem gastar com a Folha de Pagamento, 53% da receita própria. Do que arrecada com impostos. Esse é o limite providencial, ou seja, o limite da legalidade. Cinquenta e três é o teto, não quer dizer que seja obrigatório seu uso. Mas quase nenhum prefeito gasta menos que o teto. Alguns até o ultrapassam e ficam legalmente impedidos. Quase nenhum atenta para o fato que o dinheiro público é do povo e não para ser dividido entre amigos. E tome a contratar vagabundos, desqualificados, cabos eleitorais, candidatos derrotados, amigos dos amigos, parentes, aderentes, vizinhos, sogra de vereador, amante de vereador e no final das contas, a prefeitura acaba se transformando num ajuntamento de amigos e perde capacidade de investimento pois nada sobra para obras.


A culpa no entanto,  não cabe apenas ao chefe do executivo que decide fazer benesses com o chapéu alheio. Coitado do político que resolver mudar. A sociedade lhe vira as costas. Experimente você, declarar que vai reduzir drasticamente os gastos com pessoal, que não vai contratar vagabundos e nem indicados por vereadores. Vai ter zero voto. Ou nem candidato sai. A prefeitura, qualquer prefeitura, tem que ser administrada como uma empresa cujo papel principal é arrecadar impostos e devolver o que arrecadou em forma de benefícios. Benefícios para toda a sociedade e não apenas para um grupinho como acontece no Brasil. Essa falta de percepção da legalidade, tão bem definida pelo francês Charles Eisenmann (professor de Direito e de Ciências Econômicas) no livro O Direito Administrativo e o Principio da legalidade, é uma tragédia que temos o dever de evitar. Mas só a evitaremos se o povo começar a mudar. O exemplo, ao contrário do que sempre se pregou, deve vir de baixo, da base.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Eleitor custa caro e geralmente não vale nada




Por Sandro Peixoto


Depois de ver a quantidade de dinheiro que as empresas, principalmente as empreiteiras doam (??) a políticos e aos partidos, tomei uma decisão: vou fundar um novo partido. Meu partido se chamará PD, o Partido Pedista. Simples e direto assim. Vou pedir tudo o que puder. Dinheiro, camisinha, vale transporte, latinha de cerveja vazia, cesta básica, boquete, pão com manteiga, cachorro, gato, e voto inclusive. Mas se ninguém quiser votar em nosso partido, tudo bem.O meu negócio não será vencer a eleição e sim, faturar com o processo eleitoral. Que acontece de dois em dois anos, é bom lembrar.Ter um partido é melhor que ter uma igreja evangélica.


Meu partido será anão. Pequeno de propósito. Vou tentar atrair uma meia dúzia de idiotas que sonham em virar político, contar uma historinha qualquer, prometer mundos e fundos, fazer uma nominata simples e procurar algum candidato a prefeito que queira aumentar suas chances. Vou pedir pouco, prometo. Mas vou querer participação no futuro governo. Participação nos lucros, que fique bem claro. Se perceber que o tal candidato não tem chances, quero tudo adiantado. Cansei de ser bobo e “trabalhar”apenas por ideologia. Como diria Belchior, quero o meu em dinheiro.


Acredito que para  minha estratégia ser perfeita, terei que ficar até o último momento em cima do muro esperando algum comprador. Se ninguém aparecer, paciência, terei que me humilhar igual aos outros e pedir menos que mereço. No entanto, se aparecerem propostas, avaliarei com todo carinho. O problema é que certamente meus 6 energúmenos  (por mais idiotas que sejam) vão querer grana todos os meses. “ É para os eleitores”, me dirão. No fundo saberei que se trata de meia verdade. Metade irá para o bolso dos vagabundos. Ou mais.


Eleição custa caro porque eleitor custa caro. O engraçado é que em geral não valem nada. Eleitor está sempre com fome, com a conta de luz atrasada, com um parente doente, precisando viajar, reformando a casa, montando um time de futebol, separando da mulher, parindo um novo filho, precisando pagar o aluguel, comprar o gás, etc. Quem paga tudo isso são os políticos que disputam cargos majoritários através de seus cabos eleitorais e dos seus candidatos. Adivinham aonde esses políticos buscam a grana para pagar toda essa suruba?


Por fim, uma explicação: na verdade não quero nada. nunca quis. Se quisesse, estaria há anos mamando nas tetas do governo municipal como tantos. Digo isso apenas por precaução. Não quero nenhum idiota que não entende um texto  sarcástico sujando minha história. 


sábado, 26 de março de 2016

Meus costumes condenáveis

Por Sandro Peixoto

Tive um relacionamento por mais de dez anos com uma mulher maravilhosa que jamais daria certo. E por incrível que pareça, ‘deu certo’ por um tempo maior que por mim esperado. O motivo da separação? Fácil de explicar e difícil de entender. Tudo que imaginava ser predicado em mim, todas minhas virtudes, meus traços de personalidades lapidados com o passar dos anos não passavam de defeitos para ela. Ou seja: aonde eu percebia correção, ela via defeito. O que acreditava reto, para ela torto. Eu era SIM, ela NAO. E foi assim que tudo terminou. Por um incrível contraste de entendimento e de percepção. Eu cartesiano, ela intuitiva. No final, ninguém soube quem tava certo. Ou, pior ainda. Se alguém tinha razão ou não.

Solteiro, me relacionei com outras mulheres sem nenhum apego. Segui a máxima cristã que diz quê: “enquanto não encontras a mulher certa, vais comendo as erradas mesmo”, versos esses que  encontrei na Bíblia sagrada em Pronomios13, versículo 28. Agi da maneira mais animal possível. Matava seus desejos sem nenhum pudor. Alguns  ‘encontros’, se é que podemos chamá-los assim, saíram mais caros que o combinado. Nessa época eu era feliz e não tinha a menor vontade de começar um novo relacionamento sério. Casar, ser fiel. Essas coisas.Confesso que gostei de ficar só por algum tempo. Vivia feliz assim, sem nenhum trauma. Coisas de homem que fica feliz com um buraco molhado.

Tempo atrás, conheci outra mulher espetacular. Uma pessoa maravilhosa. Talentosa, virtuosa e cheia de vida. O que não lhe falta é determinação e vontade de vencer. Com sinceridade, ganhei seu carinho. Por acuidade, virei um grande amigo. Por carência e fragilidade, confundi os sentimentos e acabei me apaixonando. Foi um choque para ambos. Eu não queria. Ela também não. Aconteceu. E uma coisa tem que ser dita: sentimento é algo incontrolável. Podemos não aceitar, ignorar, esconder e até tentar sufocar. Mas jamais poderá ser controlar. Toda reação – da aceitação a negação – só vem após o sentimento ser exposto. Desnudado.

Ela ficou puta! Chateada.Se sentiu traída.Pode alguém se sentir ofendido por ser amado? Pode! E é mais corriqueiro do que se imagina. O amor dá medo pois requer (ou exige) compromisso. O amor cobra abnegação,  resignação, renúncia. E ninguém quer deixar de ser o que é por mais feliz ou infeliz que se seja. O amor verdadeiro  é um sentimento tão incomum quanto um diamante raro. Difícil de ser encontrado, caro para ser lapidado e mais difícil ainda de ser adquirido. As vezes, temos medo de algo tão grandioso e belo por uma questão bem simples: no fundo, não sabemos como cuidar nem como guardar. Nem se somos merecedores. Afinal a infelicidade se explica. A felicidade não.

Felicidade dá medo pois uma vez assumida, temos receio de perdê-la e jamais voltar a encontrá-la. Para a maioria das pessoas, o amor é pra ser visto nas telas.Para ser sonhado, aguardado ou simplesmente invejado. No mundo de hoje, aonde muitos buscam a felicidade através da realização profissional, do salário alto, do carro na garagem ou simplesmente através da casa própria, ser feliz de amor (ou só por ele) beira o impossível. Afinal, ser amado é como ser invadido. E assim é que desejar e querer - mesmo que por amor-, pode ser visto como algo ofensivo. E o perigo é que num mundo politicamente correto, um simples carinho pode ser malvisto. E nessa loucura, desejo vira tara, carinho  vira safadeza e até um simples elogio vira assédio. Melhor mesmo não amar. Fugir desses sentimentos arcaicos. Do que ontem era o mais belo dos anseios e que hoje virou  - por motivos que jamais saberei- quase um costume condenável.



Eleitor custa caro e geralmente não vale nada


Por Sandro Peixoto




Depois de ver a quantidade de dinheiro que as empresas -principalmente as empreiteiras- doam (??) a políticos e aos partidos, tomei uma decisão: vou fundar um novo partido. Meu partido se chamará PD, o Partido Pedista. Simples e direto assim. Vou pedir tudo o que puder. Dinheiro, camisinha, vale transporte, latinhas de cerveja vazia, cesta básica, boquete, pão com manteiga, cachorro, gato, e voto inclusive. Mas se ninguém quiser votar em nosso partido, tudo bem.O meu negócio não será vencer a eleição e sim, faturar com o processo eleitoral. Que acontece de dois em dois anos, é bom lembrar.Ter um partido é melhor que ter uma igreja evangélica.Pois dá dinheiro e poder.


Meu partido será anão. Pequeno de propósito. Vou tentar atrair uma meia dúzia de idiotas que sonham em virar político, contar uma historinha qualquer, prometer mundos e fundos, fazer uma nominata simples e procurar algum candidato à prefeito que queira aumentar suas chances. Vou pedir pouco, prometo. Mas vou querer participação no futuro governo. Participação nos lucros, que fique bem claro. Se perceber que o tal candidato não tem chances, quero tudo adiantado. Cansei de ser bobo e “trabalhar”apenas por ideologia. Como diria Belchior, quero o meu em dinheiro.

Acredito que para  minha estratégia ser perfeita, terei que ficar até o último momento em cima do muro esperando algum comprador. Se ninguém aparecer, paciência, terei que me humilhar igual aos outros e pedir menos que mereço. No entanto, se surgirem propostas, avaliarei com todo carinho. O problema é que certamente meus 6 energúmenos (por mais idiotas que sejam) vão querer grana todos os meses. “ É para os eleitores”, me dirão. No fundo saberei que se trata de meia verdade. Metade irá para o bolso dos vagabundos. Ou mais...

Eleição custa caro porque eleitor custa caro. O engraçado é que em geral não valem nada. Eleitor está sempre com fome, com a conta de luz atrasada, com um parente doente, precisando viajar, reformando a casa, montando um time de futebol, separando da mulher, parindo um novo filho, precisando pagar o aluguel, comprar o gás, etc. Quem paga tudo isso são os políticos que disputam cargos majoritários através de seus cabos eleitorais e dos seus candidatos. Adivinham aonde esses políticos buscam a grana para pagar toda essa suruba?

Por fim, uma explicação: na verdade não quero nada. nunca quis. Se quisesse, estaria há anos mamando nas tetas do governo municipal como tantos. Digo isso apenas por precaução. Não quero nenhum idiota que não entende um texto  sarcástico sujando minha história. 



quinta-feira, 24 de março de 2016

Cala a boca Bárbara!


Por Sandro Peixoto

Foi o grande escritor paraibano Ariano Suassuna quem disse em dia: bom mesmo é falar mal por trás, pois pela frente é constrangedor. Eu diria mais: comer por trás também é bom. Patética para dizer o mínimo essa coisa de alguém se espantar com as falas dos políticos ao telefone. Qualquer pessoa ao telefone fala besteira. Muita besteira. Chamo um amigo de pele negra de macaco (com a devida anuência do mesmo) ele me chama de baiano viado, mesmo sabendo que eu sou pernambucano, e assim por diante. Ninguém se ofende nessa troca de gentilezas.


Eu falo muita merda ao vivo e mais ainda ao telefone. E nunca fui censurado. Mas se meu telefone for grampeado, e minha fala for publicada fora do contexto no Jornal Primeira Hora ( ah! O Primeira Hora acabou) minha vida acaba. Minhas vãs palavras ganharão um peso  extraordinário e as aves de mau agouro de sempre caíram em cima sem dó nem piedade. Provavelmente perderei o amigo  e a cidade passará a me ver com outros olhos. Chamar um amigo chato de chato na lata pouco significa. Mas se você for pego  falando isso ao telefone e a conversa vazar, fudeu.



Se eu, que sou um pobre coitado posso passar por situações  constrangedoras, agora imagine um ex-presidente do Brasil? Ou mesmo o prefeito do Rio de Janeiro? O Eduardo Paes chamou a Presidenta Dilma e o governador do Rio Pezão de chatos durante conversa Com Lula. Paes disse ainda que Lula tinha  “alma de pobre’ por ter comprado dois pedalinhos. Lula apenas riu.Tudo, mas tudo que o Paes falou é verdade, mas virou uma novela durante a semana.  Vou continuar falando besteiras no celular e se o Juiz Dr. Sérgio Moro mandar me grampear um aviso: pode publicar tudo. 

quarta-feira, 23 de março de 2016

Perguntas



Por Sandro Peixoto

Se Deus sabe de tudo, porque não evita esses ataques terroristas feitos em seu nome? Melhor ainda: se Deus sabe de tudo porque não se antecipou e evitou o surgimento de pessoas e grupos radicais que matam em nome do criador? Se a Bíblia é uma fonte de verdade e lá se lê que não cai uma folha sem a permissão de  Deus (“Ele possui as chaves do incognoscível, coisa que ninguém, além d’Ele, possui; Ele sabe o que há na terra e no mar; e não cai uma folha (da árvore) sem que Ele disso tenha ciência; não há um só grão, no seio da terra, ou nada verde, ou seco, que não esteja registrado no livro lúcido” (6ª Surata versículo 59), como ele permite que se matem tantos inocentes em seu nome?]


Deus é uma desculpa esfarrapada para muita sujeira. Outro dia ouvi a seguinte conversa entre dois homens adultos: “Poxa, eu gasto mais de 25 reais por dia com cigarros e cervejas. Estou sempre com dividas. Acho que vou procurar um pastor e virar evangélico.” Calado pensei comigo mesmo. Que maneira estúpida de se procurar Deus. O trágico é que pode parecer estranho, mas em geral é assim que muita gente busca Deus. Por causa de coisas banais. Corriqueiras, do dia-a-dia que bem poderiam ser resolvidas com bom senso. Sem precisar se ajoelhar frente a nenhuma entidade invisível. Quanto a esses bobos tudo bem. Afinal nem todo mundo cresce, evolui. O problema é quando malucos se dizem emissários de Deus, ou Jeová, ou Alá, ou Maomé como queiram. Matar em nome de Deus é a forma mais covarde de agir.


Mas será que ninguém percebeu que não existe ninguém no comando? Que as coisas são como são e ponto final. Tenho uma conhecida que sofre de um câncer há três anos. Sofre muito. Sabe aqueles cânceres que se tira? Pois é, o dela é do outro tipo. Ela está morrendo há três anos e mesmo assim que está como Deus quer. Mas que Deus maluco é esse que faz uma pessoa tão simples sofrer tanto. Ela me deixa louco sempre que pede uma ajuda e com a frase “Que Deus lhe ajude”. Eu, claro, peço para ele me esquecer, afinal, se faz o que faz com pessoas como minha amiga, fiel e seguidora, o que fará comigo, um ateu de quatro costados?



Não tenho nenhuma dúvida quanto a questão. Mas muito me surpreende que outras pessoas não façam as perguntas que postei no inicio do texto. 

domingo, 20 de março de 2016

Não Voltarei - disse Jesus

Por Sandro Peixoto



Resolvi fazer algo novo esta semana. Entrevistar uma personalidade internacional. Escolhi para a ocasião o famoso Jesus Cristo, o filho do pai. Não acredito em Jesus. Não estou dizendo que ele não nasceu e morreu e sim, que não acredito nele. Como também não acredito em Paulo Maluf - por exemplo. Fiz essa entrevista por causa da data. Estamos na semana Santa que tem seu auge na sexta-feira, dia em que os católicos do mundo inteiro comemoram(?????) a morte do seu líder. O ápice acontece na verdade no Domingo de Páscoa, dia em que Jesus ressuscita, segundo os cristãos. Ele se foi mas prometeu voltar um dia e destruir tudo ( o apocalipse)  para salvar apenas os que estiverem em comunhão. Quem leu a Bíblia sabe do que estou falando.

Fiz  as perguntas e bolei as respostas de acordo com a lógica  da história de Jesus contada na Bíblia. Li todas as passagens que envolve o filho do homem e criei um perfil psicológico do mesmo. Algumas respostas são tão obvias que nem mereciam a pergunta. Mesmo assim as fiz pois sei que quem acredita no salvador geralmente tem a capacidade intelectual de uma criança de 9 anos.Vamos ao bate-papo com o cara.

Como o senhor deseja ser chamado. Jeová, Cristo, Jesus Cristo, Emanuel, Príncipe da Paz, Ungido, Filho de Deus, Filho de Davi, Verbo, Autor da Vida, Leão de Judá, Cordeiro, Palavra de Deus, Reis dos Reis ou Senhor dos Senhores ?

Sandro meu querido, pode me chamar de Jê. Deixa essas firulas de lado.

Jê - o senhor mandou chamá-lo assim-, essa semana os seus seguidores comemoram sua crucificação. O senhor não acha uma falta de propósito alguém comemorar a morte de outro?

Não é bem assim:é verdade que eles comemoram minha morte, mas também celebram minha ressurreição.  A festa acontece porque foi neste dia que virei santo de verdade. Morri para salvar a humanidade e fui morar com meu pai.

Mas não é uma coisa meio masoquista comemorar a morte de alguém que se admira tanto? Outra coisa: precisava mesmo alguém morrer? Se seu pai é tão poderoso porque ele mesmo não fez um censo para punir os pecadores e deixar os  bons na terra?

Meu pai é meio excêntrico. Chegado a um teatro. Sei que me ferrei nesta história toda mas valeu a pena. Sou famoso até hoje. A foda é que tem gente demais ganhando dinheiro em meu nome e eu não posso fazer nada. tem uns pastores que tenho vontade de crucificar, de esganar, mas vingança não mora no meu coração.


Quando vivo, como o senhor era? Tem algumas representações suas aonde o senhor aparece loiro e de olhos azuis...

Dá vontade de rir. Eu, igual ao Brad Pitt? Brincadeira né! Será que esses pintores esqueceram aonde nasci? Desde pequeno fui miudinho. Comia pouco afinal minha família era pobre. Deus nunca pagou pensão alimentícia para Maria. Cresci mirrado. No Brasil tem um cara que se parecia muito comigo aos 33 anos. Ele é baiano. O nome dele é Caetano Veloso se não me engano. Pois bem, o Caetano parecia muito comigo. Ah! O Bin Laden também.

Então o senhor era quase  negro?

Digamos que meio Mulatinho. 

Quando o senhor pretende voltar a terra para buscar seus fieis?

Eles que esperem sentados. Tô numa preguiça desgraçada. Pereço baiano. Quer saber do mais: nunca falei em voltar. Os caras inventaram essas historia para faturar em cima. Já fiz minha parte. Fiz milagres, apanhei,sofri pra caralho e morri. Basta não?

Então eu não preciso me preocupar em ir para o inferno?

Relaxa sandrinho. Pô meu! Você é ateu mas é sangue bom.Quem tem que se preocupar são os falsos moralistas, os religiosos de fachada, os padres pedófilos e os pastores picaretas. Você pode nem acreditar mas no céu só tem eu e papai. Nunca passou uma alma por aqueles portões. Nunca existiu e jamais vai existir alguém que mereça ficar ao nosso lado. O ser humano é invejoso, covarde e infiel por natureza. Não existe espaço para esse tipo de criatura em nossa ambiente. Tem muito cachorro e gato. Papai adora um Bull Terrier que toma conta da entrada.


Então não vai ter volta? Não vai ter apocalipse?

As vezes assistindo ao Datena, fico rindo ao escutar algumas pessoas ingênuas dizendo que as tragédias, as chuvas, os terremotos e até as tsunamis que estão na moda são sinais da minha volta. A humanidade acredita em qualquer coisa. Eu não vou voltar e pronto. Caramba! Vou fazer o que na terra? Correr o risco de ser pregado numa cruz novamente? Ou pior: ser decapitado por alguém terrorista do Estado Islâmico? Se eles fazem tudo aquilo com quem diz que acredita em mim, imagine se eu aparecer pessoalmente. Amigo, aqui onde moro as ruas são de ouro e pedras preciosas. Não tem pagodeiro, não tem flanelinha e não tem flamenguista. Quer melhor que isso!?!? Tem ainda um rio cuja água me  mantém sempre jovem. De vez em quando  a Maria Madalena vem me fazer uma  visita de cortesia e ainda meto bronca apesar da idade. Sabe como é: eu sou uma divindade, mas sempre gostei de mulher.

O senhor teria alguma mensagem para deixar?

Numa boa. Acho melhor não. Tudo que falei foi deturpado. A ignorância é o bem mais amplamente distribuído entre a humanidade.Deixa eles continuar acreditando, evitando carne de porco, sexo antes do casamento e as drogas em geral. Tudo por  medo do meu pai. Eu sei porque eles têm medo do meu pai. Se ele fez o que fez comigo que sou seu filho, imagine com os outros? Ah, quase ia esquecendo: Sandro, sabia que Deus é ateu?

Não brinca? Ateu mesmo? Então é um dos meus...

Mas papai é ateu por modéstia.

sexta-feira, 18 de março de 2016

O Leviatã

Por Sandro Peixoto



Dada sua importância no cenário político brasileiro e considerando-se o atual momento do Brasil é de entender quem em carta aberta a nação esta semana o ex-presidente Lula tenha dito que acredita na justiça brasileira. Que acredita no sistema judiciário brasileiro. Eu não acredito. Nunca acreditei. Na verdade quase 70% da população brasileira não confia na justiça. É perante os olhos da nação, uma das instituições mais corruptas que existe. Ao menos foi o que mostrou uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas. Ouso afirmar que a maioria das pessoas envolvidas, direta ou indiretamente com a justiça, também não confiam na mesma. Eles sabem como funcionam as engrenagens do sistema. Qual é o lubrificante que azeita a máquina e faz andar ou não, os processos.

O Brasil expurgou nos últimos anos de democracia, o ranço autoritário do período ditatorial  (apoiado amplamente pelo grupo Globo e principalmente pela elite paulista) de vários setores. Menos no judiciário. No Brasil de hoje, a justiça só é justa com os ricos e poderosos. Na verdade sempre foi assim. Em geral no Brasil, justiça se compra. Claro que não é assim em todos os lugares. Ainda restam alguns juízes decente nesse país de maluco.São poucos, mas existem e por isso ainda não caímos na barbárie total de um estado policialesco. Os exageros do Dr. Moro é um atentado contra o estado de direito. Outros juízes poderão achar que Dr. Moro está correto. Daqui a pouco estamos todos grampeados. Suspeitos ou não.

Se vazaram uma conversa entre o presidente do PT ( que não está sendo investigado de nada) com o Ministro Jacques Wagner(que além de não estar sendo investigado ainda por cima ter foro privilegiado e jamais poderia ter sido grampeado a não ser com autorização do STF)  imagine o que farão comigo, um simples nordestino metido a falar o que pensa?  Juízes em geral sofrem de juizite. Essa doença é na verdade uma  afetação, fruto da prepotência e vaidade de alguns. Os sintomas revela um comportamento pedante, presunçoso, incorrendo em abuso de autoridade.Ao que parece, o juiz Sérgio Moro está contaminado com o vírus da juizite. Em entrevista a Revista Veja em 2010, a então corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ministra  Eliana Calmon, do STJ, afirmou que "É preciso acabar com essa doença que é a juizite. Acho que Moro não lê  a  Revista Veja.


Nunca na historia deste país - para imitar o Lula - a justiça foi tão parcial. Tão nojenta. A justiça que deveria ser cega, só tem um lado. A seletividade da justiça no Brasil é o maior risco a democracia. Reza a lenda que Juiz acha que é Deus. Já os desembargadores têm certeza.

P.S. - Segundo a Bíblia no livro de jó, o leviatã é o demônio do quinto pecado.


Coisas da política


Por Sandro Peixoto

Uma das estratégias políticas mais comuns no Brasil - principalmente nos pequenos municípios- , é a divisão das famílias para a perpetuação no poder. No poder não, nas benesses do poder público via carguinhos, contratos e parcerias. O negócio é jamais perder a boquinha. Em Búzios temos diversos exemplos. Vale tudo na briga pelo poder político - e seus privilégios. Só um idiota pode acreditar que mãe e filho, marido e mulher, primo e prima brigarão de verdade por causa de política. Uma vez alcançado o intuito, a paz volta a reinar no lar supostamente dividido. É tudo da boca pra fora para encher o bolso de fora pra dentro.Nada contra afinal, cada um usa as armas que tem. Mas não me venham com a balela que a cisão é pelo bem da cidade.

A ex-secretaria de Promoção Social Cláudia Carrilho saiu do governo e passou a criticar vorazmente o prefeito André Granado. Cláudia ocupou um cargo importantíssimo do ponto de vista político, e saiu do governo mais forte graça ao apoio do prefeito e hoje, ao criticar um governo que até outro dia era seu, cospe no prato que comeu, e por uma dessas loucuras da política, come no prato que cuspiu pois sua família continua aboletada na pasta. Seu filho Joãozinho ocupa a pasta que já foi sua. A família Carrilho está brigada com o governo, mas só parte dela.

E como em  Búzios as pessoas têm mania de personalizar as criticas, ao apontar o dedo para o governo a ex-secretária critica a própria família. O que pode ser visto como uma critica oportunista. Ao invés de mostrar o que poderia fazer, ela insiste em citar o que não foi feito.  A culpa nesse caso é sempre do chefe do executivo e nunca de quem foi nomeado para fazer o que tinha que ser feito. Levou quase três anos para perceber que não conseguiria fazer o que queria e que era possível aos seus olhos?!?!

Cláudia Carrilho (na verdade não sei se ainda usa o sobrenome do ex-marido)  diz que saiu magoada com André. E se juntou ao também magoado Cláudio Agualusa. Parece nome de dupla caipira. Cláudia e Cláudio. Outro chorão, cujo único objetivo é tirar André do governo. Não porque tenha algo melhor para fazer no lugar ou alguém mais interessante para indicar e sim, pelo desejo pessoal de evitar a reeleição do prefeito. O problema de Agualusa é estritamente pessoal. Ele não engole o fato de André ter virado o principal líder político da cidade. André poderia ser o melhor prefeito do mundo e mesmo assim Agualusa faria campanha contra. É contra porque é contra e ponto final.

Mas a política também pode ser grande. Um dia, o líder comunista Luis Carlos Prestes declarou apoio a Getúlio Vargas, que tentava voltar a presidência e disputava a eleição de 1950 contra o brigadeiro Eduardo Gomes. Um amigo estranhou o apoio e lembrou a Prestes que Getúlio em 1936 havia entregue sua ex-mulher Olga Benário (então grávida de Prestes) ao Hitler. Olga era judia e foi parar num campo de concentração, aonde morreu numa câmara de gás na páscoa de 1942 no campo de extermínio de Bernburg.
 -Eu sei, mas no momento é preciso ver o que é o melhor para o Brasil, respondeu Prestes.
Coisas da grande política...

A ex-secretária que sonha com vôos mais altos, ganhou é verdade, alguma projeção eleitoral depois de trabalhar no governo municipal. E tem sim, grande traquejo político. É carismática e nunca foi uma política carreirista. Mas também é verdade que na  família, quem detém o poder político ainda é seu filho Joãozinho e seu ex-marido João Carrilho. Para pleitear o mais alto cargo político da cidade a ex-secretaria terá que criar sua própria historia  e parar de apontar o dedo para os outros. Ninguém cresce apenas mostrando os defeitos alheios. Antes de mais nada, será preciso mostrar seus próprios predicados.


quinta-feira, 17 de março de 2016

Chama o ladrão, chama o ladrão

Por Sandro Peixoto


Você se identifica com esse homem?

O Brasil é a cara do Japonês da federal, ou seja, um país de fachada, aonde as aparências  dizem mais que o conteúdo. Para quem não está a par dos acontecimentos uma breve explicação: o famoso policial “Japonês da Federal” que virou ídolo da oposição (e até máscara de carnaval e boneco de Olinda) se chama na verdade  Newton Hideroni Ishii e trabalhou por alguns anos na cidade de Foz de Iguaçu, no Paraná. Pois bem: durante a operação da Policia Federal denominada Sucuri em 2003, Ishii e mais 39 agentes foram presos acusados de cobrarem propina para liberar contrabando na Ponte da Amizade- que separa o Brasil do Paraguai.

O Japa entrou com recurso e o processo ficou mofando nas gavetas da justiça brasileira. Essa semana no entanto, 13 anos depois, o  STJ ( Supremo Tribunal de Justiça)  em julgamento de Recurso Especial,  o ministro Felix Fischer, manteve a condenação de Ishii e de mais dois policiais federais por corrupção passiva. Com essa condenação, a oposição que já perdeu Eduardo Cunha como muso, perdeu agora o japonês. Quando a casa do Aécio cair, sobrará apenas o maluco Jair Bolsonaro. Quero ver a direita nojenta assumir de vez sua face  com Bolsonaro a tira-colo.

O engraçado ( acho engraçado mas sei que a direita acha trágico e portanto que se foda a direita) é que Ishii, a quem a oposição sonhava ver prendendo Lula, foi preso junto com outros 22 agentes da Policia Federal, mais 7 auditores da Receita  Federais e mais três Policias Rodoviários Federais numa das primeiras grandes operações da Policia Federal durante o Governo Lula, o presidente que mais fortaleceu as Instituições Brasileiras. Pesava contra o bando a acusação que os mesmo se fingiam de mortos na fiscalização de carros cujas placas eram previamente informadas.

Preso em 2003, condenado em primeira instancia em 2009, O japa se manteve no cargo confiando na lerdeza  da justiça. Ishii contestou  a legalidade das provas obtidas via interceptação telefônicas autorizadas pela justiça. Engraçado que o japa deve achar normal o vazamento seletivo via jornais e revistas no caso Lava Jato de processos que correm em segredo de justiça. Pimenta no cu dos outros é refresco. Uma pergunta a direita raivosa: quem vai prender o Japonês da federal? Assim é o Brasil de hoje. Um corrupto condenado vira herói do dia para a noite. No último domingo em São Paulo, durante as manifestações contra a corrupção, não foram poucos os incautos que desfilaram com a máscara do japa. Esses mesmos já foram um dia “ Somos todos Cunha”.

Em tempo: os réus ainda podem recorrer ao pleno do Tribunal, dirão certamente a turma do oposição. Já Lula e Dilma não podem recorrer de nada. Foram denunciados, julgados e condenados pela turma da direita que até agora não engoliram a surra que levaram nas urnas.