Por
Sandro Peixoto
Que sou
eleitor do Dr. André todo mundo está cansado de saber. Irei votar nele
novamente, não que concorde com tudo que o mesmo fez em seu primeiro mandato e
sim, pela simples percepção que no atual momento, André é o nome mais indicado
para administrar a cidade. Mesmo enfrentando a pior crise econômica que a
cidade já passou (somente em repasses dos Royalties de petróleo, o furo foi de
quase 100 milhões nos últimos três anos, e o orçamento previsto e votado pela
Câmara jamais se realizou). André faz malabarismo e conseguiu manter os
serviços e os salários em dia. Foi o único município da região a conseguir.
O
prefeito conseguiu ainda bater o recorde de convênios. Juntando os acordos firmados entre
o município e os governos estadual e federal, chegamos a 50 milhões de reais
que se transformaram em importantes obras para o povo buziano, como a Praça da
Rasa, as Unidades Básicas da Saúde na
Rasa em José Gonçalves, a urbanização de 5 ruas no bairro da Boa Vista e o mercado do Artesão na Estrada da Usina. Obra
essa iniciada ainda no primeiro governo do ex-prefeito Mirinho e que havia
virado uma ruína. O prefeito André ainda
trouxe para a cidade o CVT (Centro Vocacional Tecnológico) e a urbanização da
estrada da Praia da Tartaruga.
Se de um
lado acertou ao equilibrar as contas e modernizar parte da administração, pecou
em manter em seu governo secretários fracos e assessores desinteressados. Para
piorar, não mudou o modus operandi herdado do governo Mirinho. A coleta de lixo
continua cara e incipiente, o aluguel de carros para o município continua uma
caixa preta e os salários consomem mais da metade do orçamento. Parte
considerável deste gasto é usado na contratação de pessoas despreparadas e
desnecessárias. André não entendeu seu momento histórico e preferiu se aliar a
velha guarda política da cidade. Acabou refém de parte dela. Justamente da banda
mais controversa. Ele que era o diferente, acabou ficando igual ao se unir ao
passado. Uma pena.
Terá, no
entanto, uma segunda chance com a provável reeleição. É o que espero e por isso
minha decisão. De Mirinho nada aguardo, além da mesma mediocridade histórica. Ao
assumir a cidade pela terceira vez em 2009, Mirinho tinha um orçamento de 200
milhões de reais. Alertou que ninguém esperasse mais que um governo feijão com
arroz. O povo não gostou da receita sem sal e lhe negou a reeleição. Já Felipe
Lopes não tem capacidade para administrar a cidade. Para piorar, o candidato que representa um grupo poderoso
que têm objetivos claros e nem sempre declaráveis. Mesma coisa Alexandre
Martins, que como vereador e vice-prefeito de Mirinho sempre se ajoelhou para
os representantes da especulação imobiliária. Mesmo sendo evangélico, Alexandre
sempre rezou pela cartilha dessa turma. A candidatura de Cláudio Agualusa é
folclórica e por isso não merece maiores comentários.
Voltemos
ao atual prefeito. Como já escrevi acima, André tem muitas dívidas com os
eleitores que lhe confiaram o voto. Sou um deles. Porém, assim como tantos,
continuo acreditando em sua capacidade de errar, rever suas escolhas e acertar.
Um dia, no seu gabinete ele me confessou que não estava satisfeito com seu
governo. Vi em seus olhos uma imensa vontade de melhorar. Isso me fez renovar o
voto de confiança, e, portanto, além de votar, vou pedir votos pela cidade. Não
existe prefeito ideal. Como a palavra já diz, é algo que só existe na ideia.
Devemos colocar os dois pés no chão, analisar o momento político sem paixão ou
rancor e escolher a melhor pessoa para cuidar da cidade. Mesmo que a ela
tenhamos aversão. Por não poder mais se “treeleger” (risos) talvez em seu
segundo mandato André faça o que sabe que tem que fazer. Possa realizar sem as
amarras do passado, o governo que sonhou realizar.
É como
tomar um remédio amargo que sabemos que vai ajudar. Nos últimos anos escutei
inúmeras criticas ao governo André. Verossímeis muitas das vezes. Eu mesmo sou
um crítico contumaz. A maioria das criticas, no entanto, são feitas por pessoas
desinformadas ou desonestas. Aquela gente que ficou de pé na dança das
cadeiras, que acontece a cada 4 anos quando temos eleição para prefeito. É
sempre assim: quem está sentando não quer levantar, quem está em pé quer tomar
o lugar. Quem está sentado só se mantém mostrando serviço. Quem está de pé, no
entanto, só toma o lugar mentindo ou atacando. A sociedade séria tem que ficar
distante desta briga pelo poder e votar em que melhor pode cuidar dela. É o que
acho.
Adorei
ResponderExcluirAdorei
ResponderExcluirValeu Regina!
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