PESQUISA: Prefeito de Búzios

Por Sandro Peixoto

sábado, 7 de maio de 2016

A insustentável leveza do ser





Por Sandro Peixoto


Em Olinda, Pernambuco, havia um bar próximo à uma faculdade que tinha galetos como prato principal. Seus franguinhos  “ao primo canto” assados na brasa  eram disputados pelos alunos e também por turistas curiosos pela fama do local. Por anos, esse bar reinou sozinho. Eis que um empresário resolveu abrir um bar ao lado e sabendo da preferência dos consumidores locais, também escolheu galetos - como atração principal. Copiou o cardápio do vizinho famoso e de maneira arrogante tascou numa placa bem no alto da fachada: O MELHOR GALETO DO MUNDO.

Cacete! O sujeito recém havia inaugurado seu bar e já se intitulava o melhor do mundo. Quanta arrogância... A quem ele queria enganar? A si mesmo, ou aos incautos turistas que não conheciam a história da casa? A clientela tradicional deu de ombros e a nova casa não conseguiu atrair ninguém da faculdade. Nem do Corpo  Docente e muito menos do Corpo Discente. O dono do tradicional bar porém, não gostou nada da arrogância do novo vizinho e resolveu contra-atacar.

No entanto, o fez de maneira elegante e sucinta, modos que aprendeu convivendo com os estudantes. Sabendo o que tinha em mãos, afinal, ele mesmo temperou por anos seus famosos galetos, mandou colocar uma faixa na marquise de seu bar. Quando o dia amanheceu letras garrafais informavam. O MELHOR GALETO DESTA RUA. Pronto. Não havia mais o que se discutir. Já não importava de verdade se o concorrente era o melhor do mundo. O mundo é grande demais para tal afirmação. O que importava para todos que frequentavam o lugar era saber qual galeto era o melhor daquela rua. E há anos havia um consenso quanto a isso.

Claro que “o melhor galeto do mundo” fechou as portas meses depois. Nenhuma mentira se sustenta por muito tempo. Quando a faixa ficou puída e finalmente caiu, o vencedor nem pensou em colocar outra. A verdade havia vencido. Aqui em Búzios aconteceu algo igual. Um empresário abriu uma creperia na Rua das Pedras ao lado do famoso Chez Michou - até então com 25 de anos de vida – e tascou em sua fachada: 33 anos de tradição. Nem preciso dizer o que aconteceu.


O que quero mostrar com os exemplos acima é que de nada adianta você  criar um mundo irreal para sua vida. Se mentir sobre si mesmo vai viver num mundo de fantasia e de aparências- algo que certamente te fará triste. Outra coisa: não adianta ser importante para o mundo. Seja bom para seus parentes, para seus amigos, vizinhos  e conhecidos. Esqueça o mundo. Seja alguém legal em sua aldeia. Se agir assim, você será bom para o mundo inteiro.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

que saco!







Por Sandro Peixoto

Muita gente se pergunta, principalmente as mulheres, porque alguns homens coçam o saco (melhor dizendo, os testículos) em público?  Eu como homem posso responder sem medo de errar. Coçamos por motivos bastantes diferentes. Mas como nunca nos perguntaram, cada um tem uma idéia própria sobre o fato. Pode parecer estranho, mas algumas mulheres também coça o saco. Mulher não, estou falando daquelas lésbicas que se acham homem. Pode reparar: elas têm o mesmo cacoete de passar a mão na pélvis como se quisesse pegar em algum volume. É até engraçado, mas trata-se apenas da velha inveja do pênis, tese defendida pelo psicanalista Sigmund Freud.

A verdade, é que os homens coçam o saco por vício; por falta de higiene; e por causa do calor. A primeira opção tem muito a ver com a própria evolução, ou seja, pela falta de cultura, melhor dizendo, por falta de civilização. Esse tipo de homem em geral fica pegando no órgão sexual em plena luz do dia apenas para lembrar que é um macho reprodutor. Esse tipo geralmente não reproduz nada. É apenas um exemplar de mostruário. Tem corpo de homem, jeito de homem, mas não é homem. Apenas um protótipo. Pega no pau para se mostrar.

O segundo motivo da coçassão sacal ( se é que existe este termo), também tem a ver com cultura e evolução. A falta de higiene  sexual é – por mais incrível que pareça- normal em muitos homens brasileiros. O câncer de pênis é altíssimo em nosso país e isso tem muito a ver com a falta de higiene. Perdoe-me a indiscrição, mas no Brasil muitos homens simplesmente não lavam o pau.E se não lavam o pau, também não lavam o saco e  um saco sujo coça pra caralho. Quem já jogou futebol sabe do que estamos falando. É difícil segurar a vontade de apertar as bolas e acabar com aquela sensação horrorosa de coceira e ardor. E se esse homem de saco suado for o mesmo sem evolução do exemplo acima, é batata! Vai coçar. Mesmo se estiver num velório. O desespero, somado a falta de percepção de ambiente provará minha tese.

Porém, se você ver um homem de aparência educada, sem estar suado e se mesmo assim estiver coçando o saco, o perdoe. O problema é que nosso corpo tem um dispositivo chamando termorregulaçao testicular. Os testículos precisam ficar uma temperatura especifica, entre 4 a 7°C abaixo da temperatura orgânica para que a espermatogênese ocorra normalmente. A espermatogênese é o processo de formação e desenvolvimento dos espermatozóides. Para isso nosso organismo depende de várias saídas.


Ele regula o fluxo sanguíneo, provoca ou não sudorese ( suor,para os leigos), troca calor em contracorrente nas veias e controla a posição dos testículos em relação ao corpo hora relaxando-os, ora comprimindo-os. E nesse vai-e-vem, muita coisa acontece. Principalmente se o dono dos escrotos não se depilar com frequência. Esse sobe e desce pode levar alguns pentelhos e ficarem presos na cueca e então, é coceira na certa. Para esse tipo de homem, tem que haver perdão acaso ele venha à público cometer tal ato. Peço perdão por mim mesmo, pois já fui levado a agir de maneira tosca por causa do meu organismo. A verdade, é que ser um homem educado com o saco coçando não é fácil.